Bolsa de São Paulo cai 1,86% com temor sobre Previdência.

Queda de ‘commodities’ também pesa no mercado. Dólar tem alta de 0,79%, a R$ 3,184.

A Bolsa de São Paulo fechou ontem em queda de 1,86%, aos 64.862 pontos, com os investidores preocupados com o calendário da reforma da Previdência e em meio a dados fracos da economia chinesa, que derrubaram os preços das commodities no mercado internacional. Já o dólar comercial subiu 0,79%, a R$ 3,184.

Apesar de o texto da reforma da Previdência ter sido aprovado, na quarta-feira, na comissão especial, analistas temem atraso na votação no plenário da Câmara. Segundo Leonardo Monoli, sócio da Jive Asset Management, as concessões e as mudanças no cronograma têm prejudicado o ambiente de negócios no Brasil, aumentando a incerteza entre os investidores:

— O ruído político está chegando ao limite. As reformas precisam ser aprovadas. É uma questão apartidária trabalhar pela recuperação do país.

O resultado da votação, com 23 votos a favor e 14 contra, não tranquilizou os investidores.

Ignácio Crespo, economista da Guide Investimentos, considera haver “um ruído quanto ao timing da votação”. Ele disse temer que a reforma da Previdência, cuja votação era esperada para a última semana de maio, possa não ser votada este mês. Com relação à alta do dólar, ele cita, ainda, o avanço do riscopaís, medido pelos credit default swaps (CDS, espécie de seguro contra calote da dívida soberana). O indicador subiu 2,86%, aos 216 pontos.

PETRÓLEO PERDE 4,86% Já a queda das commodities no mercado externo se deveu à desaceleração do setor de serviços na China. O Índice de Gerentes de Compras do Caixin/Markit recuou de 52,2 para 51,5 pontos em abril. O barril do petróleo tipo Brent caiu 4,86%, a US$ 48,32, e o minério de ferro desabou 6%.

As ações ordinárias (ON, com direito a voto) da Petrobras perderam 2,56%, enquanto as preferenciais (PN, sem volto) caíram 3,88%. Já os papéis da Vale recuaram 4,10% (ON) e 3,97% (PN).


Fonte:Jornal o Globo



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