Bolsa crava nova máxima no ano

As ações da Petrobras fizeram a diferença no pregão de ontem e impediram que o Ibovespa registrasse queda. As vendas prevaleceram durante toda a tarde, movimento que acabou sendo suplantado pelo alto volume de compras de papéis da petrolífera. A bolsa paulista fechou a sessão com ligeira alta, de 0,10%, aos 57.909,95 pontos. Na mínima do dia, registrou 57.534 pontos (-0,55%) e, na máxima, os 58.089 pontos (+0,41%). No mês, acumula ganhos de 2,52% e, no ano, de 54,22%. O giro financeiro totalizou R$ 4,797 bilhões.A alta do petróleo e uma notícia de um poço do pré-sal deram gás às ações da Petrobras. Petrobras ON terminou a sessão em elevação de 1,32% e PN, de 0,36% (R$ 33,00). Vale e siderúrgicas acompanharam a queda das commodities metálicas. Vale caiu 0,39% ON (R$ 38,15), PNA, 0,12% (R$ 33,75) , Gerdau PN, 0,62% (R$ 22,56), Metalúrgica Gerdau PN, 1,65% (R$ 28,10), Usiminas PNA, 1,27% (R$ 45,25), e CSN ON, 1,47% (R$ 50,30). O setor de telecomunicações foi destaque de alta no Brasil, depois que o conglomerado francês de telecomunicações Vivendi anunciou que quer comprar a operadora brasileira GVT, por aproximadamente R$ 5,4 bilhões.
Juros. Os juros futuros encerraram levemente pressionados nos contratos de médio e longo prazos, enquanto os curtos cederam. Ao término da negociação normal da BM&F, o DI janeiro de 2011 projetava 9,73%, de 9,72% no fechamento de terça-feira. O DI janeiro de 2012 subia a 10,99%, de 10,96% no fechamento anterior. Já o DI julho de 2010 estava em 8,91%, ante 8,92% da véspera.
Estrangeiros. Confirmando a indicação do final de agosto, o investidor estrangeiro passou a atuar na ponta vendedora da bolsa de São Paulo. No acumulado do mês até o dia 3, as vendas já superavam as compras em R$ 951 milhões. Com isso, o saldo acumulado do ano (positivo) recuou para a casa dos R$ 13 bilhões.
Ásia. À exceção da China, os mercados asiáticos fecharam no campo negativo ontem. A bolsa de Tóquio fechou nesta quarta-feira em baixa, depois que as preocupações com a tendência mundial de aperto dos padrões de capital continuaram a derrubar as ações dos bancos, enquanto as exportadoras foram prejudicadas pela valorização do iene. O fraco desempenho das demais bolsas asiáticas também levou o mercado japonês a ampliar suas perdas no pregão da tarde. O índice Nikkei 225 recuou 0,8%, aos 10.312,14 pontos.A bolsa de Hong Kong, que sofreu com as vendas de ações do peso pesado HSBC e de empresas do setor financeiro chinês, encerrou quatro pregões seguidos de ganhos. O índice Hang Seng caiu 1%, e encerrou aos 20.851,04 pontos. Já as bolsas da China tiveram o sétimo pregão seguido de alta, com as expectativas de que os empréstimos bancários apresentarão um rápido crescimento em agosto na comparação com julho - os números serão divulgados na semana que vem. O índice Xangai Composto ganhou 0,5% e encerrou aos 2.946,26 pontos. Já o índice Shenzhen Composto subiu 1,1% e terminou aos 1.010,52 pontos. Após oito sessões consecutivas de alta, nas quais ganhou 9,3%, a bolsa de Taipé, em Taiwan, fechou em baixa. O índice Taiwan Weighted caiu 0,9% e terminou aos 7.250,72 pontos. Na bolsa de Seul, na Coreia do Sul, as vendas programadas e a valorização da moeda local pesaram sobre a maioria das ações de montadoras e empresas de tecnologia com grande capitalização de mercado. O índice Kospi perdeu 0,7% e fechou aos 1.607,77 pontos. A bolsa de Sydney, na Austrália, corre o risco de sofrer uma contração no curto prazo depois que uma inesperada queda nas vendas de varejo acabou eclipsando o forte aumento na confiança do consumidor. Ambos os dados foram divulgados ontem. O índice S&P/ASX 200 encerrou em baixa de apenas 0,4%, fechando aos 4.522,2 pontos. A bolsa de Cingapura teve baixa em linha com os demais mercados asiáticos e conforme o pessimismo com o mercado de futuros americano. O índice Straits Times caiu 0,4% e fechou aos 2 650,48 pontos.
Europa. Os principais índices do mercado de ações europeu fecharam em alta, acompanhando o otimismo observado nas bolsas de Nova York e impulsionados pelo avanço dos papéis de montadoras. Para Jimmy Yates, operador da CMC Markets, "o otimismo crescente em relação às economias mundiais e o reaparecimento de dados sobre fusões e aquisições nesta semana deram uma injeção de ânimo no mercado".O índice pan-europeu Dow Jones Stoxx 600 subiu 0,92%, para 240,09 pontos.Nos mercados regionais, o índice FTSE-100 da bolsa de Londres avançou 1,15%, e encerrou acima dos 5 mil pontos pela primeira vez em 11 meses, a 5.004,30 pontos. Em Frankfurt, o índice Xetra-DAX subiu 1,69%, para 5.574,26 pontos. Na bolsa de Paris, o CAC-40 teve alta de 1,28%, para 3.707,69 pontos. Em Madri, o índice IBEX-35 ganhou 0,84%, para 11.462,00 pontos. "Pode haver um pouco de nervosismo conforme os investidores ponderarem a força do rali desde março, mas esperamos que o mercado receba suporte de surpresas positivas nos balanços corporativos", afirmaram estrategistas do ING, acrescentando que mantêm a perspectiva positiva para o mercado de ações europeu. A francesa Vivendi fechou em território negativo, recuando 2,40% após fazer a oferta de R$ 5,4 bilhões pela operadora de telefonia brasileira GVT na terça-feira.
Fonte: JC

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