Responsabilidade social e ética

Economizar energia elétrica é obrigação para sempre.
Em 2001, o Brasil passou por um apagão de energia elétrica que, por um lado, trouxe vários problemas para pessoas e empresas e, por outro, serviu para nos conscientizar a respeito da necessidade de economizar.Em casa e nos escritórios, trocamos lâmpadas incandescentes por fluorescentes, que chegam a ser 80% mais econômicas, e os fabricantes de geladeiras e eletrodomésticos em geral, chuveiros e motores os mais diversos procuraram produzir modelos mais econômicos.Passados quase 10 anos, vemos que, para alguns, as lições se mostraram mais eficazes do que para outros. Há ainda muita gente que não se preocupa em apagar as luzes quando desnecessárias, deixa o chuveiro aberto o tempo todo do banho, usa coisas que consomem mais energia etc.O pior é a falta de conhecimento e de consciência da relação entre o custo para se gerar energia elétrica e o meio ambiente, além da enorme quantidade de falhas na produção, distribuição e consumo.Economia sem fimComo a demanda por energia elétrica não pára de crescer e para gerá-la, paga-se um alto custo ambiental, a busca da economia não pode parar nunca. Deve ser não só um objetivo de todos, pessoas e empresas, como ser perseguida desde a produção até o consumo final.No consumo, o Inmetro e o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), da Eletrobrás, deram um grande passo com o Selo Procel de Economia de Energia, que foi instituído por Decreto Presidencial em 8 de dezembro de 1993.O objetivo do Selo Procel é orientar o consumidor no ato da compra, indicando os produtos que apresentam os melhores níveis de eficiência energética dentro de cada categoria, proporcionando assim economia na sua conta de energia elétrica. Também estimula a fabricação e a comercialização de produtos mais eficientes, contribuindo para o desenvolvimento tecnológico e a preservação do meio ambiente.O governo tem incentivado inclusive as pessoas que têm aparelhos muito antigos em casa a troca-los por mais econômicos: "Gestos como esses tomados isoladamente podem parecer insignificantes, mas influem decisivamente nas macrocondições ecológicas e socioeconômicas. "O governo não terá necessidade de fazer uma usina de 600 megawatts porque vai haver menor consumo de energia", afirmou o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, ao anunciar, em fevereiro passado, o programa nacional para substituição de 10 milhões de geladeiras antigas, que gastam muito e ainda utilizam gases CFC em seu funcionamento" (boletim Ethos 15/4/09).Mudar hábitos e tendênciasO Ethos também alerta: "Outro fator que aumenta o gasto com eletricidade é a ausência de boa ventilação e iluminação naturais. Somente agora o conceito de ecoconstrução ou bioconstrução está ganhando força e esses aspectos começam a ser priorizados. Quem vive ou trabalha em casas e prédios tradicionais pode buscar adaptações, como usar telhas transparentes, ampliar janelas ou abrir mão de algumas paredes para melhorar a eficiência do espaço nesses quesitos".O Ethos também chama a atenção para nossos hábitos e tendências: "Faz sentido, por exemplo, a profusão de televisores de tela plana que vemos tomando conta das cidades? Há televisores nas padarias, mercados, shoppings, cinemas e restaurantes funcionando o tempo todo, mesmo que ninguém esteja olhando para eles. Dentro de casa, ter aparelhos ligados também já virou rotina. O silêncio parece incomodar e o gesto de acionar um rádio, uma TV ou o computador é feito, muita vezes, de forma automática, sem nos darmos conta dele".

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