Sistema Infojuris facilita consulta a jurisprudência


Novo banco de dados, lançado ontem, abarca todas as decisões desde a instalação do Conselho Nacional de Justiça, em 2005, e está disponível na internet.

O conselheiro Jorge Hélio Chaves de Oliveira apresentou, na sessão plenária e ontem, o novo sistema eletrônico destinado à consulta pública das decisões do órgão – o Infojuris. O banco de dados abarca todas as decisões do CNJ desde que este foi instalado, em 2005. “Este acervo, então mal conservado em processos físicos, foi digitalizado e o acesso está disponível a todos”, afirmou o conselheiro. Jorge Helio é presidente da Comissão Permanente de Jurisprudência, instituída pelo CNJ em 25 de maio último para, entre outras missões, remodelar o sistema de consulta das decisões do órgão e mantê-lo atualizado. O conselheiro explicou que o novo banco de dados reúne todas as decisões proferidas desde a sessão inaugural do Conselho. A seleção deste material foi feita pelos próprios servidores do CNJ e assessores dos gabinetes dos conselheiros, em mutirões realizados nos fins de semana. “O sistema anterior trazia poucas informações, não funcionava corretamente. Esse novo sistema traz as decisões proferidas desde a primeira sessão, inclusive os votos vencidos, ou seja, agora temos uma radiografia da evolução do pensamento do CNJ. Reunimo-nos com a Comissão de Tecnologia da Informação do Conselho e projetamos esse novo sistema de consulta, diverso daquele primeiro, cheio de inconsistências e solavancos”, explicou Jorge Helio. De acordo com o conselheiro, o banco de dados levou em consideração a experiência de tribunais brasileiros pioneiros na divulgação de sua jurisprudência, como o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ). “Depois de uma visita técnica a esses órgãos, aprendemos que não há mágica para montar essa base de dados. Então, artesanalmente, processo a processo, criamos nosso sistema”, destacou. Segundo o conselheiro, o novo sistema oferece uma série de critérios de busca, seja por número do processo ou classe e subclasse processual, data e sessão do julgamento de cada ação e todos os dados essenciais para se conhecer o entendimento dominante do colegiado. O banco de dados fornece ao usuário outras informações relacionadas ao processo por ele procurado, entre eles os votos convergentes e as referências legislativas utilizadas pelo relator do processo e o do acórdão. “O novo sistema conta com critérios mais sofisticados de pesquisa”, concluiu o conselheiro.
Atos normativos
Também já está disponível no portal oficial do CNJ (www.cnj.jus.br) o novo Sistema de Atos Normativos do CNJ que permite a qualquer internauta ter acesso a todos os atos normativos já editados pelo CNJ e realizar buscas utilizando o tipo do ato normativo, o número do ato, o período em que foi editado, o órgão responsável (origem) ou uma palavra-chave (argumento). O secretário-geral do CNJ, Francisco Alves Júnior, anunciou ao plenário, durante a 158ª. sessão ordinária, a criação da nova ferramenta. A área de pesquisa é acessada pelo endereço www.cnj.jus.br/atos-normativos. Além de permitir a realização de buscas de forma mais eficiente, o novo sistema apresenta os resultados encontrados por meio de uma tabela, onde consta o tipo de ato, o número, a data de edição, a origem, a situação (se está em vigência, se foi revogado ou se foi alterado) e a ementa do ato normativo. Dessa forma, o internauta tem mais facilidade em identificar o que procura entre os resultados da pesquisa. O novo sistema foi desenvolvido pelos departamentos de Gestão Estratégica, Tecnologia da Informação e Pesquisas Judiciárias, a partir de uma necessidade detectada pelo secretário geral do CNJ. “Procuramos desenvolver uma ferramenta fácil e simples de ser usada, que fosse eficiente na realização de pesquisas”, afirma Karina Yoshimura Alvarenga, chefe da Divisão de Organização e Normatização do Departamento de Gestão Estratégica do CNJ. Para montar o sistema, cada norma editada pelo CNJ foi cadastrada a partir do preenchimento de uma espécie de “ficha”, que é liberada no resultado da pesquisa. A ficha traz informações importantes relacionadas ao ato normativo, como a íntegra de normas que alteram o ato pesquisado e a legislação correlata.
Indexação
Cada ato também é classificado por termos que permitem sua indexação, o que facilita a pesquisa por assunto. “O desenvolvimento do novo sistema exigiu a busca de soluções tanto do ponto de vista da tecnologia da informação, quanto da gestão do conhecimento”, afirma Karina Alvarenga. Segundo ela, o novo sistema permite o cadastramento de códigos para a criação de pesquisas pré-configuradas, o que facilitaria a compilação de atos de acordo com um determinado parâmetro. Cerca de 1.600 atos do CNJ estão disponíveis no novo Sistema de Atos Normativos. (Com Agência CNJ).

Fonta: JC

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