A Previdência Social reajustou em 6,15% as aposentadorias e as
pensões acima do salário mínimo. Com a correção, válida desde 1º de janeiro, o
teto de benefícios pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) passa
de R$ 3.916,20 para R$ 4.157,05. A portaria conjunta dos ministérios da Fazenda
e do Planejamento com os novos valores foi publicada ontem no Diário Oficial da
União. Segundo a Previdência Social, 9,2 milhões de segurados recebem mais do
que o piso salarial do País. O aumento para esse contingente vai custar R$ 9,1
bilhões em 2013. Já o reajuste de 9% no salário mínimo, que passou de R$ 622
para R$ 678, também em 1º de janeiro, terá impacto líquido nas contas do INSS
de R$ 10,7 bilhões no ano. A correção de 6,15%, que corresponde ao Índice
Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado nos últimos 12 meses, não
agradou aos aposentados. "O INPC não serve para nós porque não repõe o
nosso poder de compra", declarou o presidente do Sindicato dos Aposentados
da Força Sindical, João Batista Inocentini. De acordo com ele, a luta dos
inativos é para que a União tenha como base de reajuste um índice que, de fato,
reflita os gastos dos idosos, sobretudo em relação às despesas com a saúde e
medicamentos. "Ao utilizar o INPC, o governo não cumpre a determinação de
garantir o poder de compra dosaposentados prevista na Constituição. Eu mesmo,
quando me aposentei, no ano 2000, comprava com o dinheiro do benefício 100kg de
carne. Hoje, só compro 60kg", disse. Inocentini reclama que falta diálogo
da equipe da presidente Dilma Rousseff com a categoria. Por isso, argumenta ele,
a última vez que os aposentados conseguiram aumento maior que o INPC foi em
2010. Naquele ano, o governo sofreu uma derrota no Congresso Nacional e teve de
engolir a correção de 7,7%, em vez dos 6,14% propostos, para quem ganhava acima
do mínimo.
Contribuição
Além dos novos valores do piso e do teto da Previdência Social,
foram atualizadas as faixas salariais sobre as quais incidem a contribuição dos
trabalhadores empregados, domésticos e avulsos para o INSS. As alíquotas são de
8% para aqueles que ganham até R$ 1.247,11, de 9% para quem recebe entre R$
1.247,12 e R$ 2.078,52 e de 11% para os salários que variam de R$ 2.078,53 a R$
4.157,05. Essas taxas - relativas aos salários depositados em janeiro - deverão
ser recolhidas apenas em fevereiro. As aposentadorias e as pensões
diferenciadas, pagas por lei específica, também tiveram aumento. O novo valor mínimo
dos benefícios dos aeronautas e dos pagos às vítimas da síndrome da talidomida será
de R$ 678.
Fonte: JC
Nenhum comentário:
Postar um comentário