Informações
de negócios no mundo já chegam a 2,2 zettabytes, o que encheria 1.287 edifícios
Empire State.
Perdas
de dados no setor podem gerar prejuízo de US$ 12.250 por dia.
As pequenas e médias
empresas vêm se tornando os principais alvos dos criminosos digitais desde que
começaram a passar seus ativos para a nuvem web, a grande tendência do mundo
computacional nos últimos anos. Uma pesquisa da Symantec feita com mais de duas
mil empresas no mundo (quase oitenta no Brasil) demonstrou que nesse mercado
quase a totalidade delas (89%) abraçam com grande interesse nuvens privadas ou
públicas, mas nem todas têm preparo de segurança suficiente para evitar furto
ou perda de dados oriundos de ataques virtuais. Muitas vezes, as pequenas e
médias empresas prestam serviços para as maiores, funcionando como uma espécie
de satélite — comenta Sérgio Dias, especialista em Cloud Computing da Symantec
Brasil. — Desse modo, elas passam a ser o elo mais fraco da cadeia de
segurança, pois nem sempre adotam soluções que protejam com eficácia seus
dados. E, com isso, acabam funcionando como um trampolim para ataques às
grandes companhias. De acordo com Dias, as
pequenas e médias empresas estimam que a informação já representa 40% do valor
total de seus ativos. E perdê-la seria no mínimo catastrófico — para 49%,
representaria perda também de clientes, e para 43%, levaria a um tremendo dano
na reputação da marca. No Brasil, em média esse setor gasta R$ 655 mil por ano
com informação.
Sessenta e cinco por cento dessas empresas no mundo já perderam dados
importantes para os seus negócios — afirma Dias. — E a maioria ainda não tem
sequer políticas de uso de redes sociais (por onde hoje chegam muitos dos
ataques) no ambiente de trabalho. A proteção a esses dados é essencial, uma vez que, de acordo com a
Symantec, há hoje 2,2 zettabytes de informações de negócios no mundo. Se
documentos com uma página alcançassem essa magnitude, o resultado encheria
1.287 edifícios Empire State empilhados, o que equivaleria a 602 quilômetros de
altura. E nos próximos doze meses a estimativa é de que a informação — somente
entre as empresas menores — aumente 178%. Não por acaso, as grandes softwarehouses de segurança estão
investindo em soluções que abordem a segurança da nuvem. No caso da Symantec, a
mais recente é o Backup Exec.Cloud, capaz de manter cópias de segurança de dados
locais, na nuvem ou em gadgets móveis, cada vez mais utilizados no trabalho. A
ideia é que as pequenas e médias empresas terceirizem cada vez mais esse
gerenciamento de segurança de seus ativos virtuais. — Hoje, cerca de 72% dos
e-mails recebidos no setor são spam, e há pelo menos uma mensagem com vírus a
cada 291 recebidas — afirma Dias. E, como as 500 maiores companhias globais têm
mais de 60 parcerias com empresas menores, os ataques acabam vindo através
destas. Para se ter uma ideia, até 41% dos furtos de dados de grandes empresas
têm origem em terceiros. Uma empresa de porte pequeno ou médio
pode perder até US$ 12.250 por dia com uma interrupção no acesso às
informações. Portanto, é preciso pensar a nuvem web em conjunto com o
gerenciamento de sua segurança, sentencia o executivo.
Fonte:
O Globo
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