O
grupo EBX, do empresário Eike Batista, colocou à venda o Hotel Glória, no Rio
de Janeiro, informou o jornal “Valor Econômico”. Segundo a reportagem, o
tradicional hotel foi adquirido em 2008 por R$ 80 milhões. Em 2010, o grupo
iniciou reformas no hotel, rebatizado de Gloria Palace, e o integrou à REX,
braço imobiliário da EBX. Oficialmente, desde o início do ano o grupo procurava
um parceiro para operar o Glória. Como não fechou negócio, optou por colocar o
hotel à venda. Procurada, a EBX informou que "está em adiantada negociação
com a bandeira hoteleira que entrará como sócia e deverá realizar adaptações no
projeto do Gloria Palace". O mesmo grupo extinguiu há alguns dias a
diretoria de Sustentabilidade e demitiu mais de 50 funcionários da área, de
acordo com o “Valor”. Paulo Monteiro, então diretor do segmento, perdeu o cargo
e agora atua como consultor do grupo. Na ocasião, procurados pelo GLOBO, a
companhia informou que “não comentaria” o assunto. Demais áreas como
tesouraria, jurídico e suprimentos também teriam sofrido cortes. A OSX, outra
empresa do Grupo EBX, também anunciou demissões recentemente, que acompanharam
uma reformulação do plano de negócios da empresa. A OSX constrói um estaleiro
no Porto do Açu, em São João da Barra, e teria dispensado cerca de 150
profissionais próprios, ligados diretamente às atividades do estaleiro (UCN
Açu). A crise de credibilidade das empresas X, letra com a qual Eike Batista
nomeia seus negócios, atingiu na última quarta-feira outra companhia do grupo:
a CCX Carvão. As ações ordinárias (ON, com voto) da empresa despencaram 23,44%
na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), cotadas a R$ 2,45, a maior queda
diária destes papéis na história. No pior momento, as ações chegaram a recuar
32,81% em meio a rumores de que o empresário poderá adiar a data de fechamento
de capital da empresa, que deixará de ser negociada na Bolsa. A Oferta Pública de
Aquisição (OPA) de ações está marcada para 12 de julho, com preço de R$ 4,31
por papel, mas o prazo já foi alterado duas vezes pela empresa nos últimos
meses. Em relatório aos clientes, o Santander avaliou que seria “essencial” o
empresário Eike Batista exercer a opção de compra de ações e adquirir US$ 1
bilhão em papéis, por R$ 6,30 cada. Segundo o banco, caso contrário, a
companhia pode ficar sem recursos em caixa em meados de 2014. “Se o sr. Batista
está vendendo ações a R$ 1,73, nós perguntamos como e por que ele iria
capitalizar a companhia a R$ 6,40 por ação.” Diante da derrocada de seu
patrimônio, o montante total de sua riqueza, estimada pela Bloomberg, está em
US$ 6,1 bilhões (R$ 13 bilhões). Ele ficou de fora do ranking dos 200 mais
ricos do mundo pela primeira vez, no 204º lugar. Em março de 2012, sua fortuna
era calculada em US$ 34,5 bilhões (R$ 73,7 bilhões). Na época, era o oitavo
homem mais rico do mundo.
Fonte: O Globo
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