Petrobras e mais 4 parceiras venceram leilão oferecendo lance
mínimo. Falta de competição foi decepção após euforia com o pré-sal, diz
revista.
A
apresentação de uma única proposta pela área do pré-sal de Libra – leiloada na
última segunda-feira (21) – mostra a fraqueza do modelo adotado pelo país para
desenvolver suas reservas de petróleo, segundo avaliou, em sua edição desta
semana, a revista britânica “The Economist”. O vencedor do leilão foi o
consórcio formado pelas empresas Petrobras, Shell, Total, CNPC e CNOOC. Único a
apresentar proposta, o consórcio ofereceu repassar à União 41,65% do excedente
em óleo extraído do campo, percentual mínimo fixado pelo governo no edital.
Nesse leilão, vencia quem oferecesse ao governo a maior fatia de óleo – o
regime se chama partilha porque as empresas repartem a produção com a União. Segundo
a revista, a falta de competição foi uma decepção após a euforia de seis anos
atrás, “quando o então presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, descreveu o
pré-sal como um ‘bilhete de loteria premiado’”. A publicação ressalta que,
durante o longo tempo em que as regras foram reescritas e os governos estaduais
disputaram as receitas, “a maior parte do interesse do setor privado evaporou.
BG, BP, Chevron e Exxon, que já investiram fortemente no Brasil, não se
registraram para participar”. “Ainda assim, o resultado do leilão foi um alívio
para a Petrobras”, diz a “The Economist”. Isso porque, pelo modelo adotado, a
estatal seria obrigatoriamente a operadora do campo, tendo 30% do controle de
Libra. Isso significa que, se uma oferta maior saísse vencedora, os gastos da
empresa seriam maiores, que sofre com o controle governamental dos preços dos
combustíveis.
Fonte: G1
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