Natal: dólar e inflação mudam previsões.

Vendas de brinquedos e eletroeletrônicos devem crescer 8,2%.

Um Natal com mais brinquedos e menos alimentos e eletrodomésticos. Com inflação mais alta e dólar mais comportado - na comparação com agosto, quando atingiu R$ 2,45 - a Confederação Nacional do Comércio (CNC) revisou suas expectativas para o varejo nas festas de fim do ano. As vendas de brinquedos e eletroeletrônicos devem crescer 8,2%, bem acima da estimativa anterior, de 6,4%. O dólar, que deve encerrar o ano num patamar de R$ 2,35, tem efeito positivo sobre as vendas. De outro lado, foram revistas para baixo as projeções de crescimento das vendas de hiper e supermercados, que agora devem ficar em 2,6%, em vez de 2,9%. Segundo a CNC, a expansão nas vendas de móveis e eletrodomésticos também deve ser mais moderada, de 8,4%, abaixo dos 8,8% projetados anteriormente. A revisão foi motivada pelo fim do incentivo do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para linha branca no fim do ano. Vestuário e calçados, que têm grande parte das vendas concentradas nesta época do ano, reduziram as projeções de 4,4% para 4%. Pelas contas da entidade, as vendas do Natal devem movimentar R$ 31,8 bilhões. A CNC mantém a previsão das vendas em 5% neste Natal, mas informa que o viés é de baixa, em razão do encarecimento do crédito ao consumidor. Ano passado, as vendas subiram 8,1% nesse período. - Vamos ter um Natal crescendo menos em alguns setores porque o varejo colocou o pé no freio neste ano. Isso aconteceu em todas as datas comemorativas até agora - afirma o economista Fabio Bentes, da CNC.



Fonte: O Globo

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