Conselho curador do fundo aprovou regras específicas
para portabilidade desses créditos.
Os financiamentos habitacionais
com recursos do FGTS poderão ser portados para outros bancos, que ofereçam, por
exemplo, juros menores. O Conselho Curador do FGTS aprovou em reunião nesta
quarta-feira condições específicas para que o tomador desses financiamentos
possa levá-los para outros bancos. A portabilidade de financiamentos já era
disciplinada por leis e norma editada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN),
mas esses dispositivos não especificavam os contratos no FGTS, com taxas de
juros mais baixas, que, segundo o Ministério do Trabalho, podem chegar a 2,16%
ao ano. O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, que preside o Conselho
Curador do FGTS, avalia que a medida pode levar a uma queda nos juros. — Com
isso buscamos incentivar a redução dos juros praticados pelos bancos e damos ao
trabalhador a possibilidade de buscar a instituição que lhe ofereça melhores
condições de financiamento — explicou o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel
Dias, que preside o Conselho Curador. Atualmente o BC está conversando com os
bancos para implementar medidas para estimular a concorrência nesses casos, mas
sem causar um desequilíbrio no mercado. O objetivo é evitar que o banco que
tenha concedido o crédito em primeiro lugar não fique com todo o ônus de custos
iniciais para a abertura de crédito de longo prazo, como os que ocorrem em
análises de renda dos tomadores do financiamento. O Conselho manteve também em
1% a taxa de administração paga ao agente operador Caixa como remuneração pelos
serviços prestados ao FGTS, porém, repassa para o agente operador o custeio dos
serviços referentes aos correios e postagens eletrônicas, que até então eram
financiadas pelo Fundo. Além disso, o colegiado determinou que a Caixa que
apresente semestralmente um demonstrativo das despesas segregadas e incumbe o
Grupo de Apoio Permanente (GAP) do FGTS de fazer avaliação dos indicadores de
desempenho dos serviços prestados.
Fonte: O Globo
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