País é reprovado em logística.

Brasil cai 20 posições em ranking que mede a eficiência dos sistemas de transporte em 160 países, passando a ocupar o 65º lugar, o pior nas quatro edições do estudo, e atrás de nações como Chile, México e Argentina.

O Brasil caiu 20 posições no ranking mundial de logística feito pelo Banco Mundial que mede a eficiência dos sistemas de transporte em 160 países. O relatório, divulgado nesta quinta-feira, mostra que o País passou a ocupar a 65ª posição, em levantamento liderado pela Alemanha, Holanda e Bélgica. O ranking é divulgado a cada dois anos pelo Banco Mundial desde 2007 e esta é a pior posição que o Brasil já ocupou nas quatro edições até agora. No estudo anterior, de 2012, o País estava na 45º posição e, na sua melhor colocação, chegou a 41º em 2010. No lançamento do ranking, em 2007, ocupava o 61º lugar. No documento, outros países da América Latina estão em posição melhor que o Brasil, como o Chile (42º, o melhor classificado da região), México (50º) e Argentina (60º). O último classificado entre os 160 países é a Somália. Afeganistão e a República Democrática do Congo estão nas duas penúltimas posições. A principal conclusão do estudo é que a diferença na logística entre países com melhor sistema de transporte e aqueles com pior rede ainda é muito grande, apesar da ligeira melhora desde 2007, quando o estudo começou a ser feito. O Banco Mundial reconhece que reformas no setor são complexas e a melhora do transporte exige pesados investimentos, o que dificulta o avanço em países em desenvolvimento. Países de alta renda dominam as primeiras dez posições do ranking, destaca a instituição no material enviado à imprensa. “Não adianta melhorar a infraestrutura sem resolver os problemas das fronteiras”, destaca em comunicado o economista da instituição especialista em transporte e idealizador do estudo, Jean-François Arvis. O Banco Mundial avalia vários fatores para montar o ranking geral. Entre eles, a qualidade da infraestrutura de transporte, os serviços e a eficiência do processo de liberação nas alfândegas, rastreamento de cargas, cumprimento dos prazos das entregas e facilidade de encontrar fretes com preços competitivos. A instituição ouviu cerca de mil profissionais de logística pelo mundo. Com base nas entrevistas e na metodologia, o Banco Mundial desenvolveu o Índice de Desempenho Logístico (LPI, na sigla em inglês), que é usado para organizar o ranking.
Alfândega
O Banco Mundial também divulgou a classificação dos países em seis itens específicos na área de logística e transporte, usados em conjunto para determinar a classificação geral. O segmento que o Brasil está melhor colocado é na “qualidade e competência logística” (na 50ª posição) e o pior no “serviço de aduanas e alfândegas” (94ª). Na categoria “rastreamento e monitoração” está em 62º e nas “entregas internacionais” em 81º.




Fonte: JC

Nenhum comentário:

Postar um comentário