A presidente reeleita, Dilma Rousseff, terá
de reconquistar a confiança dos investidores e consumidores e criar um ambiente
mais favorável ao crescimento econômico, informou o Instituto Internacional de
Finanças (IIF, na sigla em inglês), formado pelos maiores bancos do mundo ao avaliar
as eleições brasileiras. “Isso requer uma mudança na direção da política
econômica para longe da intervenção do Estado na economia”, informa um
documento do IIF. O instituto, com sede em Washington, sugere a adoção de uma
política fiscal mais dura por Brasília. Outra recomendação é de que o Banco Central
seja mais independente para conduzir a política monetária. “Recuperar a confiança
pode ser uma batalha difícil para o segundo governo Dilma”, segundo o documento
do IIF, destacando que empresários culpam a presidente pela situação atual da
atividade econômica brasileira, desaquecida e sem investimentos. O Brasil, de
acordo com o IIF, está preso em um ambiente de crescimento abaixo do potencial
e com inflação alta. Recentemente, o IIF rebaixou suas previsões para a alta do
Produto Interno do Bruto (PIB) do País em 2014 e 2015. Para este ano, a
instituição espera um avanço de apenas 0,1%, um dos menores patamares entre os
principais países emergentes. Para o ano que vem, a previsão é de expansão de
1,1%. Caso o candidato do PSDB, Aécio Neves, tivesse ganhado nas urnas no
domingo, o IIF avalia que os índices de confiança de empresários e consumidores
já melhorariam, tornando mais fácil para o mineiro ajustar a política econômica
e recuperar o crescimento. No começo de outubro, em outra análise sobre o
Brasil, o IIF afirmou que os investidores estrangeiros estão esperançosos por
mudanças após as eleições. Se Dilma falhar em adotar uma política econômica mais
amigável ao mercado e que reaqueça a atividade, a paciência dos investidores pode
ser colocada em cheque e o Brasil ficará mais vulnerável ao aumento da aversão do
risco que paira na economia global.
Fonte:
JC
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