Proteção da sociedade: esse é o objetivo que
move a equipe de fiscalização do Conselho Regional do Rio de Janeiro (CRC/RJ).
A melhor forma para atingi-lo é supervisionar o trabalho das empresas e dos
profissionais da área a fim de garantir o cumprimento de regras e normas. O
compromisso legal da entidade está previsto no artigo 2º do Decreto-Lei
9.295/1946, responsável pela criação do Conselho Federal de Contabilidade (CFC)
e dos Conselhos Regionais. O CFC determina que empresas e profissionais sejam
fiscalizados a cada três anos. Hoje, no Estado do Rio de Janeiro, a Regional
tem o desafio de verificar nesse período cerca de 55 mil profissionais
contábeis e 4 mil em presas de contabilidade e auditoria. Companhias de outros
setores e órgãos públicos também são inspecionados pelo grupo. Em todo o
trabalho realizado ao longo dos anos, constatou-se que a principal infração é a
emissão da Declaração Comprobatória da Percepção de Rendimentos (DECORE) sem
embasamento legal. O documento contábil destinado a pessoas físicas prova os lucros
obtidos, enquanto o cálculo deve ser embasado na contabilidade realizada e
descrita em outros documentos. No ano de 2013, o CRC/RJ constatou 206 autos
dessa infração. Segundo levantamento do Conselho, 87% dos autuados são técnicos
em contabilidade e 65% são do interior. Quando penalizados pela primeira vez, o
profissional é obrigado a pagar multa e é acompanhado pelo CRC. Caso infrinja
novamente a lei, uma penalidade mais grave é imputada. Além da fiscalização
ativa a entidade recebe denúncias, que somaram 80 neste ano. No ranking de
reclamações, os campeões são apropriação de valores e retenção de documentos.
Antes de se tronarem processos, todos os casos são criteriosamente avaliados
pela equipe de fiscalização. Uma das principais atribuições dos conselheiros
escolhidos para a área é dirimir os processos atualmente em andamento. Em 2015,
o procedimento fiscalizador será eletrônico. Com a mudança, todo o estado será
mapeado e fiscalizado online, o que tornará o trabalho cada vez mais ágil.
Mesmo com a informatização, os profissionais continuarão a receber informações
e capacitação presencial. Encontros e palestras promovidos pela entidade, como
o Fórum Profissional Itinerante, são a porta de entrada para o conhecimento e
atualização. É importante que todos estejam cientes das determinações legais a
fim de evitar erros.
Fonte:
JC
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