Taxa média nas
operações de crédito para pessoa física alcançou em dezembro o maior nível
desde março de 2012, atingindo 6,30% ao mês.
A taxa média de juros nas operações de
crédito para pessoa física alcançou em dezembro o maior nível desde março de
2012, ao passar de 6,14% ao mês em novembro para 6,30%, de acordo com dados
divulgados nesta segunda-feira (12) pela Associação Nacional dos Executivos de
Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Com o aumento, os juros
médios ao consumidor passaram de 104,43% ao ano para 108,16% ao ano. Em março
de 2012, a taxa média mensal era de 6,33% e a anual, de 108,87%. Todas as
linhas de crédito para pessoa física apresentaram elevação no mês de dezembro.
A maior variação foi registrada no cheque especial, que passou de 8,56% ao mês
(167,94% ao ano) em novembro para 8,92% ao mês (178,80% ao ano). A taxa é a
maior desde setembro de 2003, quando os juros do cheque especial eram de 9,03%
ao mês e 182,20% ao ano. O cartão de crédito continua sendo a modalidade mais
cara e no fim de 2014 registrou a maior taxa desde julho de 1999. Na passagem
de novembro para dezembro houve alta de 10,90% ao mês (246,08% ao ano) para
11,22% ao mês (258,26% ao ano). Há 15 anos, a taxa era de 11,74% ao mês e
278,88% ao ano. Para o coordenador da pesquisa e diretor executivo da Anefac,
Miguel José Ribeiro de Oliveira, o aumento das taxas está relacionado à alta
dos juros básicos (Selic) promovida pelo Banco Central. "Outro fator é o
atual cenário econômico nacional, que sofre consequências das altas
inflacionárias e da aplicação de juros maiores que implicam, diretamente,
redução da renda familiar e aumento da inadimplência."
Pessoa
Jurídica.
Assim como para pessoas físicas, a pesquisa
da Anefac mostra que as três linhas de crédito pesquisadas para pessoas
jurídicas também apresentaram crescimento no mês de dezembro. A média geral das
taxas de juros para pessoa jurídica passou de 3,49% ao mês (50,93% ao ano) em
novembro para 3,54% ao mês (51,81% ao ano) em dezembro. Essa é a maior taxa
desde junho de 2012.
Fonte:
O Estadão
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