Economistas voltam a elevar estimativa para inflação e juros.

Projeção agora é que IPCA atinja 9,12% neste ano, segundo pesquisa do BC.

A estimativa dos analistas do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu pela 13ª vez seguida, segundo pesquisa feita semanalmente pelo Banco Central e divulgada nesta segunda-feira. Desta vez, a projeção passou de 9,04% para 9,12%. Para 2016, no entanto, a estimativa teve duas leves reduções seguidas. A expectativa é que no fim do próximo ano o IPCA fique em 5,44%, contra 5,45% previstos na semana passada. As estimativas para a inflação estão distantes do centro da meta que é 4,5%. Neste ano, a expectativa é de estouro até do teto da meta, 6,5%. O próprio BC projeta inflação em 9%. Na semana passada, o IBGE informou que a inflação oficial brasileira acelerou a 0,79% em junho, na maior alta em quase 20 anos para esse mês, atingindo em 12 meses 8,89%. Para a taxa básica de juros em 2016, as projeções subiram pela segunda semana seguida. Os especialistas consultados passaram a ver a Selic a 12,25% no fim de 2016, contra 12,06% na mediana das projeções da pesquisa anterior. Para o fim deste ano, a perspectiva continua sendo de Selic, que atualmente está em 13,75%, a 14,50%. Para a reunião dos dias 28 e 29 deste mês do Comitê de Política Monetária (Copom), permanece a expectativa de alta de 0,50 ponto percentual. A taxa já foi elevada por seis vezes seguidas e o BC tem sinalizado que o ciclo de alta continua. A Selic é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação. Embora ajude no controle dos preços, o aumento da taxa Selic prejudica a economia, que atravessa um ano de recessão, com queda na produção e no consumo. A expectativa das instituições financeiras para a retração da economia, este ano, permaneceu em 1,50%. Para o próximo ano, a projeção é de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), mas de apenas 0,5%. Na avaliação do mercado financeiro, a produção industrial deve ter uma queda de 5%, contra 4,72% previstos na semana passada. Em 2016, a projeção de crescimento passou de 1,35% para 1,40%. A projeção para a cotação do dólar subiu de R$ 3,22 para R$ 3,23, ao fim de 2015, e segue em R$ 3,40, no fim de 2016.






Fonte: O Globo





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