Governo publica MP que eleva IR sobre ganho de capital.

Presidente também enviou ao Congresso proposta de recriação da CPMF.

O governo federal publicou, em edição extra do Diário Oficial da União nesta terça-feira, parte das medidas de ajuste fiscal de 2016, entre elas a medida provisória que eleva o Imposto de Renda sobre ganho de capital.


Na edição, também foram publicadas quatro mensagens da presidente Dilma Rousseff ao Congresso Nacional, mas sem muitos detalhes. Segundo a assessoria de imprensa da Casa Civil, uma delas é a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que recria a CPMF. O aumento do tributo deve atingir sobretudo a venda de imóveis. Para quem lucra até R$ 1 milhão, o imposto continua o mesmo, 15%. Na faixa que exceder R$ 1 milhão e for até R$ 5 milhões, a alíquota é de 20% e, de R$ 5 milhões a R$ 20 milhões, 25%. Para ganhos de capital acima de R$ 20 milhões, o tributo proposta é de 30%. As novas alíquotas valerão em 2016.
PEC DA CPMF
O governo também enviou ao Congresso, nesta terça-feira, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que recria a CPMF com alíquota de 0,20% sobre as movimentações financeiras, com validade até 31 de dezembro de 2019. Os recursos serão destinados ao "custeio da previdência social e não integrará a base de cálculo da Receita Corrente Líquida", segundo texto divulgado pelo Ministério da Fazenda. Também foi encaminhada ao Congresso a PEC que elimina o abono de permanência de servidores prestes a se aposentarem. Com a retirada do benefício, o governo calcula economia de gastos de R$ 1,2 bilhão. Outra medida do pacote publicada no DOU é o projeto de lei trata da garantia de implementação do teto remuneratório do serviço público, destinada a economizar 800 milhões de reais.
REDUÇÃO DE LITÍGIOS
A publicação desta terça-feira incluiu uma medida provisória (692) que flexibilizou as condições para a adesão ao Prorelit, programa anunciado em julho com o objetivo de elevar a arrecadação, que permite que as empresas que desistirem de litígios com o fisco possam pagar parte do valor devido em dinheiro e o restante com créditos de prejuízo fiscal. A MP estende o prazo para a adesão ao programa em um mês para 30 de outubro e reduz o pagamento em dinheiro de 43% para 30% das dívidas indicadas para quitação. Além disso, o governo também abriu a possibilidade de parcelamento do pagamento em espécie, mas com aumento do percentual. Quem optar por parcelar em duas vezes, terá que pagar 33% em dinheiro e aqueles que desejarem parcelar em três vezes, terão que arcar com 36%. Apesar da flexibilização das condições, o coordenador-geral de Arrecadação e Cobrança da Receita, João Paulo Martins da Silva, assinalou que a previsão de arrecadação com o Prorelit permanece por volta de R$ 10 bilhões para este ano. - A gente acha que vai ampliar um pouco os interessados, primeiro porque a gente está dividindo a entrada, está dando prazo maior. Então com isso a possibilidade de adesão é um pouco maior - disse Silva, acrescentando que, apesar disso, a estimativa de arrecadação "é mais ou menos a mesma". Restam ainda 12 medidas que devem ser publicas até o fim desta semana, segundo informou uma fonte da Casa Civil.




Fonte: O Globo

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