BC piora previsão de inflação para este ano, mas vê cenário melhor em 2017


O Banco Central piorou seu cenário de inflação para 2016, diante de maior pressão de alimentos, mas melhorou sua perspectiva para 2017. As projeções estão no Relatório Trimestral de Inflação, divulgado nesta terça-feira. 

No documento, o BC revela sua previsão de que o IPCA subirá 6,9% em 2016, acima da previsão anterior, de 6,6%. Com esse cenário, o Banco Central reafirmou que ainda não há condições de redução da taxa básica de juros. 

Para o próximo ano, a previsão é de IPCA de 4,7%, quase no centro da meta perseguida pelo governo, de 4,5%. A previsão apresentada três meses atrás era de 4,9%. O BC também acredita em IPCA de 4,2% no segundo trimestre de 2018. 

O documento, o primeiro sob a gestão do atual presidente do BC, Ilan Goldfajn, reafirmou o compromisso do Comitê de Política Monetária (Copom) com a inflação no centro da meta em 2017 e que buscará deixá-la dentro da margem de tolerância ainda neste ano. 

PIB - A projeção para o desempenho da economia melhorou levemente no relatório desta terça em comparação com o de três meses atrás. Agora, o Banco Central prevê queda de 3,3% para o Produto Interno Bruto (PIB), em vez dos 3,5% anteriores. 

Para a produção agropecuária, a expectativa é de recuo de 1,1% - em março, a estimativa era de expansão de 0,2%. Segundo o BC, essa reversão ocorreu devido a revisões para baixo nas projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para as safras de soja, cana-de-açúcar e milho, que deverão diminuir 0,4%, 2,6% e 14,1%, respectivamente, em 2016. 

A projeção para a retração da indústria passou de 5,8%, em março, para 4,6%. "A melhora reflete o desempenho acima do esperado para o setor no primeiro trimestre e a evolução de indicadores coincidentes no segundo trimestre", afirma o relatório. 

A estimativa para o recuo do setor de comércio e serviços em 2016 foi mantida em 2,4%. O BC projeta ainda recuo de 4% para o consumo das famílias e 0,8% de queda no consumo do governo. A Formação Bruta de Capital Fixo (taxa de investimento da economia) deve recuar 11,6%. 







Fonte: Veja on line


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